terça-feira, 25 de maio de 2010


Então, com muito cuidado, as unhas inventam uma coceirinha onde coceirinha não havia e em um milímetro quadrado escavam um pequeno buraco e jogam uma sementinha de sono.
Pelo mesmo lugar, entram os sonhos bons que povoam as noites. O cafuné só acaba quando todos os sonhos já entraram e nenhum ficou pra fora.
Mas aí eu já tinha adormecido. Nunca vi um cafuné terminar.

- Alessandro Martins in “Pra adormecer, pra acordar“

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