terça-feira, 3 de agosto de 2010

Interior.


Meia luz imprecisa... O céu distante...
Entre nós um silêncio de carícia
falando coisas boas devagar...

Nem um gesto sequer, as mãos perdidas...
Os olhos muito longe se encontrando
noutro rumo sentido sem dizer...

Rosas na sombra lentamente desfolhadas,
um cheiro murcho de capela pequenina
onde uma santa se envenena de luar...

Tudo tranqüilo... Tudo calmo... Vida minha,
e é deste sonho que me vieste despertar!

Paulo de Gouvêa

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