sábado, 28 de novembro de 2009


Tenho a sensação de que me pregaram uma peça, pois
primeiro alguém chega e diz: Tome, o mundo é todo seu,
pode brincar aqui à vontade. Este é o seu chocalho, o
seu trenzinho, esta é a escola que você vai começar a
frequentar no outono. Para depois gritarem: Primeiro
de abril, primeiro de abril, você caiu feito um patinho!
E então voltarem a me arrancar o mundo das mãos.
Sinto que todos me abandonaram, deixaram-me a ver navios.
Não tenho onde me segurar. Nada pode me salvar.
E não é só o mundo que eu perco, não é só tudo
e todos que eu amo. Eu me perco a mim mesmo.
Zás - e eis que eu sumi.

- J. Gaarder 

Nenhum comentário: