" Ela nutrira-o, vigiara-o, acariciara-o, não para si própria, mas para esta noite que ia arrebatar-lhe. Para lutas, angústias, vitórias que ela desconheceria. Estas mãos carinhosas estavam apenas domesticadas e o seu verdadeiro trabalho era obscuro. Ela conhecia o sorriso daquele homem, os seus cuidados de amante, mas ignorava quais as suas divinas cóleras no meio das tempestades. Prendia-o com doces amarras: música, amor, flores, mas, ao soar a hora da partida, as amarras quebravam-se sem que isso parecesse provocar-lhe o mínimo sofrimento. "
- Antoine em " Vôo Noturno "
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