segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Livre, livre.

Que o amor que sinto por ti me dê a coragem deixar-te livre para experimentar-se. Que minha pequenez não o impeça de seguir caminhos distintos dos meus, ainda que a considere covardia. Águia não sabe ser galinha; precisa voar. Não me culpe por amar-te tanto que o tremor nas asas não resista ao longo vôo. Por amor tão visceral quero-te livre, inteiro, a brilhar. Mas que os Céus não permitam que seu brilho me atinja a visão, a ponto de não mais voar e ser galinha - e nada mais.

(Monique Abreu)

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