quarta-feira, 12 de maio de 2010


"A casa se encheu de amor. Aureliano expressou-o em versos que não tinham princípio nem fim. Escrevia-os nos ásperos pergaminhos que lhe dava Melquíades, nas paredes do banheiro, na pele dos seus braços, e em todos aparecia Remedios transfigurada. Remedios no ar soporífero das duas da tarde, Remedios na calada respiração das rosas, Remedios no vapor do pão ao amanhecer, Remedios em todas as partes e Remedios pra sempre."

Cem Anos de Solidão - Gabriel García Márquez.

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