domingo, 2 de maio de 2010
Entre os atos,
Todos esses olhos, expandindo-se e estreitando-se, alguns adaptados à luz, outros às trevas, espreitavam de diferentes recantos e ângulos. Diminutos ruídos de coisas mordidas ou que farfalham, rompiam o silêncio. Sopros de doçura e suculência perpassavam como se corressem nas veias do ar. Uma mosca azul pousara no bolo e enfiava a tromba curta na massa dourada. Uma borboleta banhava-se sensualmente ao sol sobre um prato amarelo.
(Virginia Woolf)
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