quinta-feira, 20 de maio de 2010


Não me entregue suas conclusões precipitadas
Não me aponte o que eu mesma te segredei
Por favor, não confunda a sua a minha vida
com esta clareira de tempoespaço que se abriu
para estarmos juntas
– ela é maior do que os jogos de viver
Saiba de antemão que sentirá minha falta
na noite mais atípica do ano
E que eu sentirei a sua, como sinto sede
ou saudade do mar
Neste dia, experimente sua solidão
como fazem as crianças
(aterrorizadas em seus mundos de poucos nomes)
E duvide que os teus desencontros não foram
encontros insuportáveis.

Isabela Gaia Gonçalves.

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