quinta-feira, 19 de maio de 2011


"Ah, Tânia, onde está aquela sua buceta quente, aquelas ligas fartas e pesadas, aquelas coxas macias e cheias? Meu pau tem um osso de quinze centímetros de comprimento. Tânia, vou alargar todas as pregas da sua buceta, cheia de sêmen. Vou mandar você para o seu Sylvester em casa com dor na barriga, o ventre virado do avesso. O seu Sylvester! Sim, ele sabe acender uma lareira, mas eu sei atiçar uma buceta. Vou enfiar dardos quentes em você, Tânia, vou deixar seus ovários em fogo. O seu Sylvester está com certo ciúme? Ele sente alguma coisa, não é? Sente os efeitos do meu pau grande. Alarguei um pouco os lados. Passei a ferro as dobras. Depois de mim, você pode ficar com garanhões, touros, carneiros, cisnes, cães São Bernardo. Pode enfiar sapos, morcegos e lagartos pelo reto. Se quiser, pode cagar em arpejos o dedilhar uma títara no umbigo. Estou lhe fodendo, Tânia, para que você fique fodida. E se tem medo de ser fodida em búblico, eu lhe fodo a sós. Vou arrancar alguns pentelhos da sua buceta e grudá-los no queixo de Bóris. Vou morder o seu clitóris e cuspir dois francos em moedas."

Henry Miller - Trópico de Câncer, pág. 11.

Um comentário:

Ana Paula Morais disse...

Já li esse livro e é intrigante a escrita e como ele é voraz em suas palavras... Ele incita!