segunda-feira, 26 de abril de 2010

[...] Queria dançar sobre os canteiros, cheio de uma alegria tão maldita que os passantes jamais compreenderiam. Mas não sentia nada. Era assim, então. E ninguém me conhecia.
Subi correndo no primeiro bonde, sem esperar que parasse, sem saber para onde ia. Meu caminho, pensei confuso, meu caminho não cabe nos trilhos de um bonde.

(Caio Fernando Abreu, in: Morangos Mofados)

Um comentário:

Rosângela Cunha disse...

..."meu caminho não
cabe nos trilhos
de um bonde".

Nem o meu.

"Existem pessoas que
já nascem póstumas".

Esse o caso do nosso
imortal Caio. ADORO!